No dia dos fatos, a vítima morreu no local do acidente e o suspeito foi preso em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Porém, com a conclusão das investigações, o delegado Ugo Ângelo Reck Mendonça mudou a tipificação do crime para homicídio doloso por entender que o motociclista com suas condutas assumiu o risco de matar alguém.
Para o delegado, durante as investigações foram encontrados diversos elementos que fizeram mudar a tipificação penal do crime. “O suspeito assumiu que ingeriu bebida alcoólica, estava trafegando na contramão e em alta velocidade. Ele negou que estava praticando o racha, mas disse que seus pés estavam levantados para trás no momento do acidente”, detalhou.
As imagens de uma câmera confirmaram que o suspeito e mais amigo estavam praticando manobras radicais em alta velocidade. O vídeo mostrou que o motociclista estava deitado em cima da moto com as pernas esticadas para trás, manobra conhecida como “Superman”.
Com o laudo da perícia ficou comprovado que o motociclista atingiu uma velocidade de 70km/h em uma via na qual o máximo permitido é de 40 km/h. Além desses fatores, o motociclista não possuía Carteira Nacional de Habilitação.
Testemunhas relataram à investigação, que a criança atravessou a rua após a primeira motocicleta passar e que acabou sendo atingida pelo segundo veículo pilotado pelo suspeito.
O inquérito foi concluído dentro do prazo de 10 dias para réu preso e foi encaminhado ao Ministério Público para análise e denúncia.