O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Goiás cumpre, nesta terça-feira (26), dois mandados de prisão temporária em Mato Grosso durante a Operação Gran Família, que apura crimes de falsidade (ideológica e material), uso de documentos falsos e lavagem de dinheiro na comercialização de grãos.
Ao todo, a operação cumpre 13 mandados de prisão e 17 ordens de busca e apreensão em Mato Grosso, Goiás e São Paulo. De acordo com o Gaeco, os crimes investigados são praticados por um grupo de pessoas da mesma família que residem em Rio Verde (GO) e Cristalina (GO).
Além disso, a Justilça determinou o bloqueio bens dos envolvidos no valor de R$ 35 milhões.
Além das prisões em Mato Grosso, são cumpridos, simultaneamente, cinco mandados de prisão em Rio Verde, quatro em Cristalina, um em Senador Canedo e um em São Paulo.
Segundo foi apurado, o grupo criminoso se valia de empresas de fachada constituídas em outros Estados para comercializar grãos produzidos em Goiás burlando a fiscalização tributária.
A mercadoria produzida em Goiás era adquirida por membros do grupo sem nota fiscal do produtor e remetida para outros Estados com notas fiscais das empresas de fachada, o que fomentava concorrência desleal em relação aos produtores que atuam de forma legal.
Conforme o Gaeco, uma das empresas operadas pelo grupo, localizada em Mato Grosso, movimentou mais de R$ 100 milhões entre os anos de 2013 e 2014, valores que foram remetidos para produtores goianos e para membros do grupo criminoso.
A movimentação relacionada a essa empresa ensejou a autuação pela Secretaria da Fazenda de Goiás (Sefaz) de membros do grupo na ordem de R$ 35 milhões.
A Operação está sendo realizada em conjunto com o Gaeco Central, pelos Gaecos do Mato Grosso e de Campinas (SP), pelo Centro de Inteligência do Ministério Público de Goiás, Polícia Civil e Sefaz.