Ministério Público Estadual (MPE) vai instaurar um inquérito para apurar a situação dos lotes de medicamentos e insumos vencidos encontrados no depósito da Prefeitura de Cuiabá, na última sexta-feira (23).
No MPE, o caso será acompanhado pelo promotor de Justiça Alexandre Guedes, que já é autor de ações recentes contra o Município em defesa da adoção da quarentena para conter o avanço da Covid-19 e da abertura de novos postos de vacinação.
A denúncia foi feita pelos vereadores Diego Guimarães, Maysa Leão e tenente-coronel Marcos Paccola, todos do Cidadania, após vistoria no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC).
Conforme os parlamentares, havia pilhas de medicamentos diversos e até latas de leite em pó estocados no local e fora da data de validade.
Um dos remédios encontrados foi o AmBisome, antifúngico cuja caixa com 10 ampolas custa mais de R$ 22 mil.
Segundo relato dos parlamentares, entre as medicações vencidas estão Amoxilina (antibiótico), Atenolol (usado para doenças cardiovasculares), Nistatina (antifúngico), além de outros itens mais conhecidos, como água oxigenada, paracetamol e até mesmo latas de leite em pó.
Conforme fotos registradas pelos vereadores, há medicamentos vencidos em 2020 que ainda estavam no local. Eles ainda encontraram agulhas e algodão estocados.
Investigação da Polícia Civil
Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil e será conduzido pelo delegado Eduardo Botelho, titular da Deccor que já adiantou que deverá ouvir os respónsáveis pelo CDMIC e a secretária de Saúde de Cuiabá, Ozenira Félix.