Com um custo estimado na ordem de R$ 5 milhões, as membranas que irão promover a ultrafiltragem ou ultrafiltração da água captada no rio, tratada e depois distribuída para consumo humano correspondem a 35% do total da obra da nova Estação de Tratamento e Abastecimento – ETA Grande Cristo Rei, estimada em R$ 27 milhões em recursos próprios do Tesouro de Várzea Grande e que vai produzir até 320 litros por segundo ou 27.648 milhões de litros por dia.
Várzea Grande tem hoje outras duas grandes ETAs com a mesma capacidade de captação, tratamento e distribuição, o que deve elevar a produção total de água para 73 milhões de litros dia.
O prefeito Kalil Baracat acompanhado pelo senador Jayme Campos, por diretores do DAE/VG e secretários municipais foram recepcionar as membranas que são produtos importados e que são fundamentais para a operacionalidade da ETA quando ela estiver em operação e produzindo água de qualidade e para atender a demanda de mais de 72 bairros da cidade, o que vai permitir uma melhor utilização de outras duas ETAs existentes e que hoje trabalham sobrecarregadas para atender a demanda total do município.
“Queremos e vamos durante nosso mandato avançar na solução do problema de abastecimento de água, mas sem descuidar do esgotamento sanitário e também de outras ações necessárias como combater o desperdício, o desvio, a inadimplência, enfim uma série de fatores que contribuem para piorar a situação do abastecimento de água em nossa cidade”, disse o prefeito anunciando que somente neste ano de 2021 serão mais de 70 milhões investidos neste setor fundamental para a população, mas que necessita conscientização por parte dos usuários.
Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) são necessários em países de clima quente úmido como o nosso cerca de 120 a 130 litros de água por dia para cada homem ou mulher. Várzea Grande após a conclusão desta obra disponibilizará mais de 200 litros/per capita, ou seja, por pessoa, e para cada real investido em abastecimento de água ou esgoto sanitário, são economizados R$ 3,00 em saúde pública já que mais de 92% das doenças são decorrentes da falta do consumo de água potável e de tratamento de esgoto.
O senador Jayme Campos lembrou que as obras foram lançadas na gestão da prefeita Lucimar Sacre de Campos e que serão entregues pelo prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat que atuará ainda com sua equipe para mudar o perfil atual dos consumidores da cidade diante de uma perda de 60% de tudo que é produzido.
“Produzimos mais do que a necessidade, o problema são as perdas e o uso irracional, desmedido, por isso que atuaremos junto a gestão do prefeito Kalil Baracat para investirmos recursos na recuperação das redes distribuidora, em novos equipamentos para reduzir o custo da energia elétrica que é o maior componente da despesa da água entre outras medidas visando atender a própria população, que acaba arcando com o custo alto da produção e distribuição da água e do esgoto por causa dessas perdas”, disse o senador sinalizando que irá aportar mais emendas parlamentares para essas ações.
Kalil Baracat sinalizou que todos os cidadãos precisam se conscientizar de que viver em sociedade demanda muito mais do que simplesmente arcar com suas obrigações, tendo que zelar pelos demais moradores, pois se alguém desvia a água, prejudica os demais.
O presidente do DAE/VG, Carlos Alberto Simões Arruda, lembrou da complexidade de um sistema de captação, tratamento e abastecimento de água de uma cidade de quase 300 mil habitantes e que se faz necessário que a população compreenda que existem custos para produzir e colocar água na casa de todas as pessoas, o que demanda investimentos constantes.
“A pandemia aumentou nosso consumo de água, pois as pessoas têm ficado mais tempo em casa, reduziu de forma drástica nossas receitas com o crescimento exponencial da inadimplência decorrente da suspensão nos cortes e os produtos necessários todos sofreram aumento, então a conta não fecha, pois temos muito mais despesas do que receitas e uma inadimplência que acaba piorando a nossa capacidade de responder aos problemas e solucioná-los”, disse ele, sinalizando que a ultrafiltragem que será executada pela nova ETA está no que existe de mais moderno em termos de captação e tratamento de água para o consumo humano.
Kalil Baracat sinalizou que a água que será devolvida ao rio e córregos de Várzea Grande será mais pura do que a captada antes do tratamento, portanto, a nova ETA além de resolver um problema crônico de falta de água, também atuará na política ambiental e de preservação dos mananciais hídricos da segunda maior cidade de Mato Grosso.
ULTRAFILTRAGEM – O sistema de ultrafiltração é uma tecnologia de remoção de partículas muito pequenas de líquidos. A membrana utilizada com este método geralmente tem poros que medem de 0,01 a 0,001 mícrons de tamanho; por isso, é pequeno o suficiente para remover a maioria das bactérias, vírus e substâncias de alto peso molecular. Durante a ultrafiltração, o fluxo do líquido se divide em duas correntes, que é conhecido como cross-flow de separação.
O processo de ultrafiltração é comumente usado no tratamento de água potável em conformidade com as normas restritas. Muitos organismos se tornaram resistentes a outros métodos de desinfecção da água, mas um sistema de ultrafiltração remove elementos patogênicos através da água em movimento através de uma membrana, removendo fisicamente cada organismo. Os filtros de membranas muitas vezes são formados em pequenas fibras ocas que medem menos de um milímetro (cerca de 0,04 polegadas) de diâmetro, e que são agrupados dentro de um filtro.