Em um momento em que o Brasil se vê quase que totalmente envolto pela Coronavírus, comentários, artigos e grandes reportagens trazidas pelos meios de comunicação procuram mostrar a todos os brasileiros o avanço da doença e a importância do ato da vacina. Veja artigo de Ricardo Kertzman, da Istoé.
No Canadá, a província de Quebec irá multar pesadamente os não vacinados. Na França, o governo anunciou que irá dificultar ao máximo a vida dos negacionistas. Na Austrália, como exemplo de que nome, sobrenome e fama não são mais importantes do que a vida alheia, o governo deu um pé-na-bunda do super tenista Novak Djokovic. Na Áustria, a vacinação será obrigatória a partir de fevereiro.
Em diversos outros países – ou em cidades e estados destes diversos outros países – medidas de restrição aos selvagens, egoístas e potencialmente assassinos antivacinas vêm sendo implementadas com mais frequência e rigor, e expandidas como forma de proteção à parte da população que compreende, sabe e aceita viver em sociedade, onde o bem comum é sagrado, e que se vacinou.
Em Nova York, por exemplo, desde agosto do ano passado, a permanência de público em locais fechados foi condicionada à imunização completa. Você pode entrar em uma padaria e levar seu pão para comer em casa ou na rua, mas não pode se sentar no balcão e lanchar caso não tenha tomado as duas doses de vacina contra a covid-19 (ou a dose única, no caso da Johnson & Johnson).
No Brasil, diante de prefeitos e governadores inseguros, e de um presidente francamente disposto a auxiliar o vírus a matar o máximo possível, bares e restaurantes, aqui e acolá, começam a exigir comprovante de vacinação para permitir o ingresso de clientes. Aliás, isso já deveria estar em prática, independentemente das autoridades, pois são estabelecimentos privados e 81% da população são favoráveis.
Nunca é tarde para repetir: quem não se vacina tem 11 vezes mais chances de se contaminar, 17 vezes mais chances de ser internado em um hospital (causando lotação, atraso no atendimento e contaminando profissionais de saúde) e 20 vezes mais chances de se encontrar com o capiroto, no quinto dos infernos. A cada 100 hospitalizados no Brasil, 80 são não vacinados. Sacou ou quer que eu desenhe?
No mundo inteiro já foram aplicadas bilhões e bilhões de doses de vacinas contra a covid. A segurança é total; a eficiência é enorme, ainda que não absoluta; o número de hospitalização e morte desabou, enfim, não há qualquer razão que não sejam estupidez, infantilidade, crendice e sabujice política a justificar tamanhos egoísmo e mesquinhez ao decidir não se vacinar – ou não vacinar as crianças.
Tenho dito que o lugar dos selvagens é na jaula, ou em cavernas isoladas, mas nunca à solta, em meio à sociedade civilizada. Isso vale para traficantes, estupradores, assassinos e quaisquer outros tipos de… selgavens! Que mais governos e sociedades civis endureçam as regras sanitárias, de modo a garantir a saúde de quem a preza, respeita e merece. Em frente, senhores. A civilização agradece.
Chega de infantilidade e subserviência. Mande seus mitos às favas e vacine-se já
Há décadas, vários países exigem certificado de vacinação para quem os visita. Cingapura, por exemplo, pede comprovante de vacina contra a febre amarela. Que eu saiba, nenhum idiota, ou grupos de idiotas, acusaram a cidade-estado de ser comunista, nazista ou sei lá que raios de ‘ista’.
A vacina contra a malária também é bastante comum, como pré-requisito para a entrada em várias nações. Por que diabos, até hoje, nenhum antivacina de merda resolveu tretar por causa disso? A resposta? Simples. Porque nenhum líder político patético, como Trump ou Bolsonaro, deu o comando.
CULTURA
O Brasil possui uma bela história com as vacinas e é reconhecido mundialmente por isso. Não só somos um povo que acredita e confia nos imunizantes, como adere em massa às campanhas de vacinação propostas pelo governo. Infelizmente, sob o comando deste psicopata homicida atual, a tradição foi trincada.
Jair Bolsonaro, o verdugo do planalto, ignorante e negacionista, estúpido e cruel, incapaz de raciocinar sobre qualquer coisa além de futebol, pastel, tubaína e racismo explícito, tentou de todas as formas – e conseguiu! – sabotar e atrasar a vacinação contra a Covid no Brasil. É culpa sua o excedente de mortes pelo maldito vírus.
SUCESSO
Felizmente, contudo, 80% dos brasileiros não rastejam sob as botas do amigão do Queiroz, não comem alfafa e caminham sobre duas pernas. Este é o número de pessoas dispostas a se vacinar contra o corona. Inclusive, quase 70% já tomaram duas doses; um número espetacular diante de um governo assassino.
Os números mundiais, obtidos através de estudos responsáveis de entidades reconhecidas internacionalmente, após dezenas de milhões de casos de Covid-19 em todo o planeta, mostram e comprovam, irrefutavelmente, não apenas a eficácia das vacinas, mas sua necessidade para os seres humanos.
NÚMEROS
Quem não se vacina, por exemplo, tem 11 vezes mais chances de ser contaminado. Tem 17 vezes mais chances de ser hospitalizado. Tem 20 vezes mais chances de morrer por Covid. E não. Não se trata de um direito individual, mas de uma necessidade coletiva. Não há direito absoluto, muito menos de contaminar e matar.
No Brasil, 80% dos hospitalizados não completaram o ciclo vacinal. No mundo, a média é de 90%. Ou seja, são os não vacinados que causam lotação e colapso no atendimento médico, que contaminam profissionais da saúde e que, sim, matam doentes por atrasar cirurgias emergenciais, por exemplo.
ESTADO
Idiotas dizem que exigir da população atestado de vacina é permitir a interferência do Estado na vida da sociedade. Ora, mas o Estado serve é para isso mesmo! Para regular o convívio social. Para dizer o que pode e o que não pode. Do contrário, viveríamos ao Deus dará, onde cada um agiria por si e para si.
Dizem também, estes mesmos estúpidos, se tratar de liberdade individual. Liberdade, meu chapa, você tem para torcer pelo time que quiser, votar no político e partido que considera melhores, rezar no templo que te apeteça, transar com o gênero que prefere e por aí vai. Mas você não tem liberdade ilimitada, muito menos quando interfere na vida alheia.
AUTONOMIA
Eu não sou livre, por exemplo, para me entupir de drogas no meio da rua. E se o fizesse, não estaria colocando a vida de ninguém em risco. Por que, então, não posso me drogar em paz? Bem, porque o tal Estado me proíbe. E ninguém nunca disse que ‘é assim que começa o nazismo’. Percebem o tamanho da idiotice?
Se Jair Bolsonaro, o patriarca do clã das rachadinhas, jamais tivesse aberto a boca (que não mastiga camarão) para maldizer as vacinas, a maior parte dos ruminantes que hoje fala merda por aí sobre os imunizantes, estaria vacinada – aliás, hipócritas que são, se vacinam – e calada a respeito. Mas, não. O ‘mito’ mandou, né?
FINALIZO
Alô, você, otário e otária que não se vacinou: não seja idiota apenas porque seu político preferido é. Você, otário e otária, passou a vida se vacinando e vacinando filhos e netos. Assim, mande Bolsonaro para a puta que o pariu e corra para um posto de vacinação o quanto antes. Acredite: ele está cagando e andando para você.
Aliás, o maridão da receptora de cheques de milicianos nem sequer sabe da sua existência. Por que então fazer papel de burro e arriscar sua vida – e de outros – em nome de um estrume que, inclusive, tudo indica, se vacinou? Lembre-se: ele decretou sigilo de 100 anos sobre seu cartão de vacinas. Ligue no posto de saúde. Se estiver vazio, corra lá.
Todos pela vacina!