Atualizada:
Policiais civis de 21 estados e do Distrito Federal participam, hoje (28), de mais uma Operação Cronos, deflagrada para combater os crimes de homicídio e feminicídio. Coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, a ação acontece de forma integrada e conta com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Até o momento, 199 pessoas foram presas, sendo 177 por homicídios e 22 por feminicidios. Sete adolescentes foram apreendidos.
O objetivo da Operação Cronos 2 é cumprir mandados de prisão contra pessoas acusadas de feminicídio – ou seja, o homicídio de mulheres por violência doméstica ou discriminação de gênero – e homicídios.
No Rio de Janeiro, até as 10 horas, policiais civis já haviam prendido 40 pessoas. Em Santa Catarina, onde ao menos 128 agentes participam da ação, 16 mandados judiciais foram cumpridos até o mesmo horário.
O Distrito Federal conta com mais de 100 policiais civis cumprem parte dos mandados de prisão em aberto. A Polícia Civil não informou quantos mandados espera cumprir no Distrito Federal, mas mais detalhes da operação nacional serão apresentados as 11 horas, durante entrevista no Ministério da Justiça e Segurança Pública, em Brasília.
Em Goiás, os policiais prenderam até agora 82 pessoas e apreenderam dez armas de fogo. Estão sendo cumpridos mandados contra suspetios de crimes de homicídio, feminicídio e tráfico de drogas. Em todo o estado, são 315 policiais envolvidos e 144 viaturas mobilizadas.
No estado de São Paulo, cerca de 3.300 policiais e 1.300 viaturas estão empenhadas na operação. Mais de 1.500 mandados de prisão estão sendo cumpridos, além de 28 mandados de busca e apreensão. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), mais detalhes e o balanço das ações serão passados ao término do trabalho policial.
Participarão da conversa com jornalistas o secretário-executivo do ministério, Luiz Pontel; o secretário-adjunto da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), José Washington Luiz; o diretor de Operações Integradas da Seopi, Cesar Martinez e o presidente do Conselho de Chefes de Polícia Civil, Robson Cândido da Silva.
Primeira Fase
Deflagrada em agosto de 2018, a primeira fase da Operação Cronos resultou na prisão de mais de 2,6 mil pessoas em todo o país. Além disso, foram apreendidos 341 adolescentes. Segundo o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil divulgou à época, 42 pessoas foram presas por feminicídio; 404 por homicídio; 289 presos por crimes relacionados à Lei Maria da Penha; 640 foram autuadas em flagrante por posse ou porte irregular de arma de fogo, tráfico de drogas e outros crimes; e outras 1.252 pessoas foram detidas em decorrência de mandados de prisão expedidos por outros crimes.
Durante a primeira fase, foram apreendidas 146 armas de fogo e aproximadamente 383 quilos de entorpecentes, como maconha, cocaína e crack. Mais de 7,8 mil policiais civis de todo o país participaram das ações.
As polícias civis de todo país começaram a cumprir, na manhã desta terça-feira (28), mandados de prisão no Distrito Federal e em 23 estados em uma megaoperação para prender foragidos da Justiça. Os alvos são acusados de crimes graves como homicídio e feminicídio.
Esta é a segunda fase da operação Cronos. Em Brasília, 100 policiais saíram às ruas para cumprir os mandados de prisão expedidos. A estimativa é de que cerca de 500 suspeitos estejam foragidos.
A operação tem apoio do Ministério da Justiça e é coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis (Conpc). Desde o começo do mês, 37 pessoas já tinham sido presas e dois menores, apreendidos.
Veja estados onde os suspeitos são procurados: Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, interior de Minas de Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins, São Paulo e interior da região.
Primeira fase
A operação denominada Cronos II é a segunda fase da ação que foi desencadeada em agosto do ano passado. Na época, mais de mil pessoas foram presas em todo o país e 75 adolescentes foram apreendidos. A ação contou com aproximadamente 6,6 mil policiais civis.
A operação surgiu após uma reunião do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, em julho deste ano. Ela foi batizada com o nome do deus grego Cronos, que comanda o tempo. Segundo as autoridades, a escolha faz referência à supressão do tempo de vida da vítima, reduzido pelo autor do crime.