Análise de vídeos do atropelamento de três jovens em frente à boate Valley Pub, na avenida Isaac Póvoas, em dezembro de 2018, concluiu que o veículo da bióloga Rafaela Screnci estava a 57 quilômetros por hora, por margem de erro de até 6 quilômetros. Apontamento é da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Na ocasião, Myllena Inocêncio, 21, morreu na hora. Ramon Alcides, 25, e Hya Girotto, 22, foram encaminhados ao hospital. Ramon teve traumatismo craniano e morreu na unidade hospitalar. Hya foi a única sobrevivente.
Cálculo de velocidade consiste na determinação da distância percorrida pelo veículo em um determinado intervalo temporal. São consideradas conceitos de física e de processamento digital de imagens.
Perícia anterior feita no local logo após o acidente apontou que o veículo estava a 54 quilômetros por hora, com margem de erro de 4 quilômetros para mais ou para menos. Na ocasião, foram analisados os vestígios encontrados no local.
O laudo pericial evidenciou que o fator humano, relacionado aos comportamentos do condutor do veículo atropelador e das pessoas atropeladas, contribuiu para o acidente.
O caso
Myllena Inocêncio, 22, Ramon Alcides, 25 e Hya Girotto, 21, saíam da casa noturna Valley Pub na madrugada do último domingo (23), às 5h50, quando foram atropelados pela professora de biologia Rafaela Screnci, 33.
De acordo com informações da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran), a condutora da caminhonete trafegava pelo sentido bairro-centro quando atingiu os pedestres. Eles foram socorridos pela equipe médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para o Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá.
Rafaela se negou a fazer o teste de bafômetro e foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exames clínicos e, em seguida, conduzida para Central de Flagrantes para medidas criminais e administrativas.