PF deflagra operação contra garimpo ilegal na Terra Yanomami, em RR

Um suspeito foi identificado como responsável pelo trabalho de dezenas de pessoas dentro da terra indígena. Estima-se que cerca de 20 mil garimpeiros estejam infiltrados no território.

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A Polícia Federal cumpre cinco mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (29) em Boa Vista. A ação faz parte da Operação Dominus, que investiga um grupo que estaria envolvido em garimpos ilegais na Terra Yanomami.

De acordo com a PF, um suspeito foi identificado como o responsável por dezenas de pessoas que operam máquinas de forma irregular na região. Os mandados têm como alvo outros integrantes que seriam responsáveis pelo depósito e transporte de insumos para manter o garimpo na terra indígena.

Uma arma de fogo foi encontrada na casa de um dos suspeitos durante as buscas. A PF afirma que estava em posse ilegal e “pronta condição de envio à região de garimpo”.

Estima-se que cerca de 20 mil garimpeiros estejam infiltrados no território. Roraima não possui garimpos legalizados.

A Terra Yanomami é a maior do Brasil, com mais de 9 mil hectares distribuídos entre Roraima e Amazonas, e abriga 26.780 indígenas.

Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal em Roraima, atendendo pedido da PF e a manifestação favorável do Ministério Público Federal (MPF). O grupo é investigado por crimes de garimpo ilegal, usurpação de bens da União, transporte ilegal de combustível e associação criminosa.

Ainda segundo a PF, o nome da operação vem do termo em latim “Dominus”, que significa “dono” ou “senhor” em português. Sendo, uma referência ao principal investigado.

Policiais em operação contra garimpo ilegal na Terra Yanomami — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Policiais em operação contra garimpo ilegal na Terra Yanomami — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Coronavírus na Terra Yanomami

coronavírus já infectou 709 indígenas da etnia Yanomami, conforme o último boletim divulgado pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y) no último dia 22.

Em junho, Edson Damas, procurador do Ministério Público de Roraima, alertava para o risco de genocídio caso o vírus fosse levado à terra indígena. Ele já apontava que a invasão de garimpeiros poderia ser responsável por levar o coronavírus à região.

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