A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (3/2) as operações Sucessão e Fluxo Capital, com o objetivo de desarticular organização criminosa que atua com a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, entre outros crimes.
Policiais foram às ruas para cumprir 39 mandados de busca e apreensão e 19 mandados de prisão temporária, em seis Estados da Federação, além do cumprimento de 7 mandados de busca e apreensão no Paraguai.
Dois mandados são cumpridos em Cuiabá. As primeiras informações são de que eles são de busca e apreensão.
CABEÇA BRANCA
O líder da quadrilha é o traficante Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, preso em Sorriso (420 quilômetros de Cuiabá) em 2017. “Cabeça Branca” é o líder da organização investigada pela PF.
Também foram deferidos o sequestro de imóveis, bloqueio de valores em contas bancárias, a suspensão das atividades das empresas envolvidas e das licenças profissionais (CRC) dos Contadores investigados.
Após o compartilhamento de informações com a SENAD – Secretaria Nacional Antidrogas e com a Fiscalia – Ministério Público do Paraguai, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em território paraguaio.
A Operação Sucessão é um desdobramento da Operação Spectrum, que resultou na prisão de um traficante, investigado pelo forte envolvimento com grandes esquemas de tráfico de drogas no Brasil. Na fase de hoje, foram cumpridas medidas judiciais em desfavor de familiares do traficante que o auxiliaram na lavagem do dinheiro de origem ilícita.
A Operação Fluxo Capital, por sua vez, tem por objetivo desmantelar organização criminosa responsável pela lavagem do dinheiro por meio de movimentações milionárias, com a utilização de “laranjas”, empresas de fachada e contadores. As investigações demonstraram que o grupo não se limitava à lavagem do dinheiro do traficante investigado na Operação Spectrum. A organização também mantinha relação com diversas outras organizações criminosas atuantes em território nacional, envolvidas em outros delitos além do tráfico de drogas.
Durante as investigações apurou-se movimentação financeira na ordem de R$ 4 bilhões pelas empresas controladas direta ou indiretamente por apenas um dos investigados. Foram apreendidos aproximadamente R$ 12 milhões em espécie no curso das investigações. O controle da movimentação do dinheiro era feito por doleiros, donos de casas de câmbio, instalados no Paraguai.