“Pirotecnia em hipótese alguma; cumprimos nosso papel”, diz delegado sob operação na casa de deputada

Operação Fake Delivery cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Rosa Neide

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O diretor de Atividades Especiais da Polícia Civil, delegado Fernando Vasco Pigozzi, rebateu a deputada federal Rosa Neide (PT), segundo a qual houve “pirotecnia” na Operação Fake Delivery, que cumpriu mandado de busca e apreensão na sua residência na manhã desta segunda-feira (19).

A ação apura um suposto desvio de R$ 1,1 milhão na aquisição de produtos para escolas indígenas de Mato Grosso, na época em que Rosa Neide comandava a Pasta, no Governo Silval Barbosa.

“Fizemos uma operação totalmente discreta, com veículos descaracterizados. Cumprimos nosso papel”, completou.

Conforme o delegado Luiz Henrique Damasceno, na casa da deputada foram apreendidos diversos documentos que serão analisados “cautelosamente”.

“A Rosa Neide foi apontada por uma das testemunhas como sendo a pessoa que determinou a aquisição dos materiais. Mas ainda é cedo dizer que ela tem envolvimento, que fique bem claro. Nós vamos analisar [os documentos] com muito critério, muita cautela para tomar atitudes que realmente sejam embasadas”, afirmou Damasceno.

Além da casa da parlamentar, a Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão preventiva contra o ex-secretário adjunto de Administração Sistêmica, Francisvaldo Pereira de Assunção.

Ele foi preso com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Posto Gil, em Diamantino.

Segundo a Polícia Civil, elementos iniciais da análise dos processos apontam que parte dos materiais escolares foram entregues no setor de patrimônio da Seduc, correspondente ao valor de R$ 884.956,48 (direcionados à comunidades indígenas, campo e quilombola) e que o montante de R$ 1.134.836,76 em material foi “supostamente” entregue diretamente na sede da Seduc a Francisvaldo, sem que restasse evidenciado o destino desse volume expressivo de mercadoria.

O recebimento das mercadorias diretamente por Francisvaldo sem a identificação de entrega no setor de patrimônio foi ratificado por provas testemunhais e documentais, segundo a Polícia Civil.

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