Um homem envolvido no estelionato por meio eletrônico praticado contra uma vítima do Estado de Goiás, foi preso em flagrante pelo Polícia Civil de Mato Grosso, na quarta-feira (01.06), em ação da Delegacia Especializada de Repressão de Crimes Informáticos.
O suspeito de 20 anos foi autuado em flagrante por fraude eletrônica em concurso material com associação criminosa, após ser localizado pelos policiais civis em uma residência no bairro Parque Georgia, em Cuiabá.
As diligências iniciaram logo após a DRCI ser acionada pela Polícia Civil de Goiás, sobre uma fraude eletrônica envolvendo a portabilidade de salário de um servidor público da cidade de Luziânia, no valor de pouco mais de R$ 22 mil.
Conforme informações repassadas, foi realizada a portabilidade do salário da conta pessoal da vítima, para uma conta fraudulenta criada com os dados pessoais da vítima e com a fotografia do golpista.
A equipe diligenciou de modo ininterrupto e identificou a residência do investigado, no bairro Parque Geórgia. No local o suspeito foi localizado, bem como apreendido dinheiro, maquineta de cartão, celular e outros objetos.
No momento da abordagem do rapaz contou que havia emprestado os seus dados pessoais para terceiros, que abriram uma conta falsa usando a sua foto. Ao receber o dinheiro subtraído, o mesmo transferiu parte do valor para sua verdadeira conta, e parte para outras duas contas bancárias.
O jovem foi encaminhado até a DRCI e interrogado pelo delegado Ruy Guilherme Peral da Silva. Em seguida o conduzido foi autuado em flagrante por fraude eletrônica em concurso material com associação criminosa, sendo posteriormente encaminhado para audiência de custódia no Fórum da Capital.
Também foi pleiteado judicialmente pela conversão dos autos de prisão em flagrante delito, pela prisão preventiva do suspeito, visando garantir a ordem pública. Na ação foi recuperado por meio de bloqueio bancário o valor de R$ 5,5 mil, através de apoio dos Setores Antifraude do C6 BANK, NUBANK, MERCADO PAGO, Inter, Sicredi e Bradesco.
O delegado Ruy Guilherme Peral da Silva explicou que a presente fraude eletrônica se trata de delito complexo e de crescimento exponencial em todo o território brasileiro que demanda a obtenção prévia de informações e a divisão de tarefas a fim de se obter o êxito na empreitada criminosa.
“No primeiro momento os criminosos obtém clandestinamente base de dados pessoais das vítimas na dark web ou por meio de vazamentos de dados ou através comércio ilegal de cadastros. Depois adquirem conhecimento prévio sobre o funcionamento do procedimento de portabilidade de contas salários de servidores públicos, realizam a contrafação de documento oficial de identificação da vítima e realizam a cooptação de coautores para executarem de modo síncrono o estratagema criminoso”, finalizou o delegado da DRCI.