Vinte e um aparelhos celulares, avaliados em aproximadamente R$ 35 mil , foram apreendidos pela Polícia Civil, na quinta-feira (13.07), na Operação Tornare, deflagrada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Várzea Grande para combate ao crime de receptação de Smartphones.
A operação foi deflagrada com base em um trabalho de investigação da Derf de Várzea Grande que tem como foco identificar os receptadores de aparelhos celulares produto de roubos e furtos e que por adquirirem o produto de origem ilícita, acabam fomentando esse tipo de crime.
Roubos
Dentre os aparelhos recuperados na operação está um celular subtraído no dia 27 de junho, no bairro Jardim Petrópolis em Várzea Grande. Na ocasião, a vítima foi abordada por três homens armados, no portão da sua casa, que roubaram o seu smartphone, avaliado em R$ 2,5 mil.
Outro roubo de celular, ocorreu no dia 31 de maio, no bairro Jardim Ikaraí. A vítima chegava a sua residência, quando foi abordada por dois assaltantes, que subtraíram o seu veículo e demais pertences, dentre eles o seu aparelho celular, avaliado em R$ 1,9 mil.
Em outro caso, duas vítimas foram abordadas em via pública, no centro de Várzea Grande. Na ocasião, os dois suspeitos chegaram em uma motocicleta e exigiram que as vítimas entregassem os seus aparelhos celulares, avaliados em R$ 2 mil, cada.
Falsa comunicação de crime e falsidade ideológica
Ainda dentro dos trabalhos que desencadearam na operação, uma mulher, de 44 anos, foi indiciada pelos crimes de comunicação falsa de crime e falsidade ideológica. As investigações que resultaram no indiciamento da investigada iniciaram no dia 17 de abril, quando ela compareceu à Central de Flagrantes de Várzea Grande e registrou um boletim de ocorrência de roubo.
Nas informações passadas pela comunicante, foi relatado que no dia 16 de abril, ela estava em frente a sua residência com o celular na mão, quando dois homens em uma motocicleta, subtraíram o seu aparelho.
Com base nas informações, os policiais da Derf-VG realizaram diligências, conseguindo recuperar o telefone da vítima, porém sendo comprovado que os fatos noticiados no boletim de ocorrência eram falsos. Ao ser ouvida na Derf, a mulher confessou que comprou o aparelho parcelado em 11 vezes, e que seu filho havia deixado o celular cair na água, ocasião em que parou de funcionar
A mulher procurou o seguro do aparelho, sendo informada que só teria direito a outro telefone em caso de defeito ou roubo, momento em que decidiu fazer o boletim de ocorrência fraudulento, conseguindo receber outro celular.
A delegada titular da Derf-VG, Elaine Fernandes de Souza, alerta que o registro de boletim de ocorrência com informações fraudulentas, para acionamento de seguro, trata-se de crime de falsa comunicação de crime e falsidade ideológica (o último com pena de cinco anos de reclusão).
“Não bastando a falsa comunicação de crime e a falsidade ideológica, a investigada deu o antigo aparelho, que alegou que havia sido roubado, para o seu irmão, que por sua vez, trocou com o proprietário de uma empresa do ramo de assistência técnica. A pessoa que recebeu fez a manutenção do celular e passou a usar, correndo o risco de responder pelo crime de receptação”, disse a delegada.