Polícia Federal cumpre mandados na Saúde de Cuiabá neste momento

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A PF (Polícia Federal) deflagrou desdobramento da  a Operação Cupincha,  das investigações sobre atos de corrupção e lavagem de dinheiro em contratos da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.neste instante equipes da PF estão cumprindo mandados de busca e apreensão.

As ordens judiciais, de acordo com os agentes, são referentes à segunda fase da Operação Cupincha, que investiga um esquema criminoso que movimentou mais de R$ 100 milhões em contratos na pasta.

Os policiais informaram que foram apreendidos computares e documentos na secretaria. Ninguém foi preso.

Como a primeira fase da Operação Curare apurou, um grupo que fornece serviços à Secretaria de Saúde de Cuiabá e que recebeu mais de R$ 100 milhões entre 2019 e 2021 manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta, seja por intermédio de outras empresas.

Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, para tentar ocultar o real destinatário dos recursos.

A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando à dissimulação dos eventuais beneficiários.

Na Operação Cupincha, segunda fase da Operação Curare, de julho deste ano, que investiga corrupção e lavagem de dinheiro, envolvendo o desvio de recursos públicos destinados à saúde. O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, foi preso.

Em Curitiba, foi preso o empresário Paulo Roberto de Souza Jamur, que seria sócio de Célio.

Na primeira fase da operação, Célio foi exonerado do cargo de secretário da Saúde.

Célio Rodrigues, novo secretário de Saúde de Cuiabá — Foto: Assessoria

Célio Rodrigues, novo secretário de Saúde de Cuiabá — Foto: Assessoria

“Como se apurou na primeira fase da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá e que recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de 100 milhões de reais, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde”, disse a Políci Federal.

 

Cupincha

É o indivíduo com quem se tem amizade, companheirismo; camarada

João Vieira

Operação PF - célio Rodrigues

 

Primeira fase

Dia 30 de julho, na primeira fase da Operação Curare, o ex-secretário foi um dos alvos da ação. Em mandado de busca e apreensão na casa dele, a PF  apreendeu mais de R$ 30 mil .

 

A fase inicial da operação apura desvios de R$ 100 milhões dos cofres do município. Nesta fase, o secretário foi afastado do cargo por ordem judicial. Além dele, o secretário interino de gestão, Alexandre Beloto Magalhães de Andrade, teve o afastamento da função pública determinada pela Justiça.

 

À época, o prefeito Emanuel Pinheiro, hoje também afastado do cargo, disse que tinha intesse em elucidar o caso.

 

Nome da operação 

O nome da operação policial, curare, remete a substâncias tóxicas que produzem asfixia pela ação paralisante do sistema respiratório, cuja origem é associada ao conhecimento tradicional indígena. Na medicina, fármacos curarizantes são empregados em unidades de terapia intensiva, auxiliando o procedimento de intubação.

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