Um homem de 24 anos foi preso em Colniza (1.033 km de Cuiabá) em flagrante, no fim de semana, pelo crime de porte ilegal de arma de fogo. Ele também já era investigado pelo crime de estupro da enteada, uma menina de apenas 10 anos de idade.
Ele também estaria fazendo várias ameaças e aterrorizando a família da criança. A mãe da criança foi agredida em várias ocasiões e temia denunciar o criminoso em virtude da intimidação sofrida.
O crime de estupro, ocorreu no final do mês de agosto e desde então, a Delegacia de Colniza realizou diligências e colheu indícios dos crimes praticados pelo suspeito. Exames periciais com a criança confirmaram o abuso sexual.
Na sexta-feira, a equipe de policiais civis, coordenada pelo delegado Giuliano Bertucini, realizou diligências durante todo o dia a fim de localizar e prender o investigado. Com ele foram apreendidas armas de fogo e munições que ele alegou utilizar para caça e foram adquiridas de uma armeiro que não soube identificar.
A mãe da vítima procurou a polícia no fim de agosto após a filha relatar que o padrasto vinha, há seis meses, a aliciando e cometendo os abusos. A criança contou ainda que pedia para que o padrasto não cometesse os abusos, mas ele não parou e agia sempre que a menor estava sozinha.
O criminoso esperava quando a mãe da criança saía de casa, às cinco da manhã para trabalhar, e se aproveitava da menor. Além de praticar o estupro, quando pegava a menina à força, ele ainda a ameaçava caso contasse a alguém sobre o que ocorria.
Somente no fim de agosto, a vítima tomou coragem e contou à avó, que depois relatou sobre os abusos à mãe da criança.
A mãe foi ouvida por uma investigadora da Delegacia de Colniza, que fez a oitiva especial da mulher, que também foi vítima de violência doméstica por parte do suspeito. Ela narrou que mesmo grávida do criminoso, ele a agrediu diversas vezes e quando tentou denunciar na polícia a violência sofrida, o homem disse que a mataria junto com sua família.
Durante interrogatório, ele negou as ameaças contra a esposa e disse que deixava a arma, uma carabina, em casa, mas descarregada, e confessou que passava as mãos na criança.
O juiz plantonista que deferiu pela prisão preventiva destacou que a “medida extrema se mostra necessária” diante da materialidade e autoria dos crimes confirmadas nos materiais apreendidos, nos laudos periciais da vítima e depoimento da mãe da criança.