Profissionais da Atenção Primária à Saúde são capacitados sobre arboviroses em Várzea Grande

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Fortalecer o enfrentamento às arboviroses – dengue, zika e chikungunya – no município de Várzea Grande. Foi com esse intuito que médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, que atuam na Atenção Primária, passaram por uma capacitação, nesta semana, realizada no Centro universitário de Várzea Grande (Univag), promovido pela Prefeitura de Várzea Grande em parceria com o Governo do Estado e Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana.

Conforme a coordenadora da Vigilância em Saúde de Várzea Grande, Relva Cristina de Moura, esse curso teve a finalidade de informar sobre o atual cenário epidemiológico dessas doenças no município, orientar sobre a notificação, o diagnóstico e o manejo clínico de casos de dengue, zika e chikungunya.

“Orientações sobre o manejo clínico auxilia os profissionais a conhecer os sintomas associados a cada um dos agravos, fatores clínicos para seu agravamento, especificações de cada tratamento e em que tipo de estabelecimento de saúde eles devem ser acompanhados, além de possibilitar aos profissionais uma releitura sobre doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, também chamadas de arboviroses: dengue, zika, chikungunya. A modificação do ambiente por ações antrópicas, o crescimento urbano, e as mudanças climáticas são alguns fatores que vêm facilitando a emergência e disseminação de doenças infecciosas humanas transmitidas por vetores”, explicou Relva Cristina.

A capacitação foi realizada nesta semana, no auditório do Centro Universitário de Várzea Grande-Univag- e teve como facilitador Drº Dalcy de Oliveira Albuquerque Filho – Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1981) com especialização em MBA Gestão de Saúde e Controle de Infecção-2010 – 2011  Faculdade-INESP.

O médico Dalcy de Oliveira destaca que a capacitação além de aprimorar o diagnóstico para evitar complicações, valoriza o processo de trabalho e esclarece dúvidas. “A dengue, por exemplo, é uma doença endêmica no Brasil e ela vive de ciclos, aumenta no período chuvoso, diminui na seca, porém não desaparece, por isso é muito importante que as pessoas estejam cientes, acompanhem os processos. O tratamento é simples, mas é essencial que os profissionais façam o diagnóstico, avaliem as suspeitas, procurem os sinais de gravidade e, tendo sinal de gravidade, tomem as condutas adequadas para evitar que o paciente evolua para um caso grave”, enfatizou o especialista em medicina tropical.

“A nossa base é o protocolo do Ministério da Saúde, em vigência desde 2016, então não há nada de muito novo, mas é importante repassar conceitos e relembrar. Qualquer tipo de capacitação é fundamental porque, às vezes, a pessoa no trabalho, na rotina, ela está tão ocupada que acaba tendo pouco tempo para procurar literatura e tudo mais, então essa atividade, de uma certa forma, mexe com todo mundo, sensibiliza e reflete no atendimento ao público. A Saúde Pública vivenciou a Pandemia da Covid-19, por dois anos, e todos os esforços foram concentrados para a cura das pessoas que contraíram a doença. Renovar e rememorar conhecimentos sobre as doenças tropicais é muito importante neste momento em que estas doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti está presente todos os dias. Mato Grosso é endêmico para as doenças tropicais e devemos combater todos os dias e principalmente tratar o paciente com o diagnóstico certo”, relatou o médico.

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