Ruralista de Mato Grosso revela dificuldade para inflar ato pró-Bolsonaro em Brasília

Em áudio, sindicalista reclama com produtores de soja que não deram dinheiro nem topam viajar a Brasília para defender agenda negacionista

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Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja, o gaúcho Antonio Galvan despachou no fim de semana um áudio indignado num grupo de WhatsApp de ruralistas ligados ao bolsonarismo. A fala de de Galvan é um desabafo sobre como o bolsonarismo pena em obter “soldados” para lutar pela agenda negacionista de Jair Bolsonaro na pandemia.

Os produtores rurais decidiram realizar uma manifestação em Brasília no próximo fim de semana para apoiar um suposto decreto de Bolsonaro contra as medidas sanitárias adotadas por prefeitos e governadores para conter o avanço do vírus.

Depois de muito falatório negacionista nos grupos de WhatsApp contra o STF, o líder sindical revela-se “humilhado” diante da constatação de que os voluntários do Mato Grosso — berço do ruralismo bolsonarista — dispostos a rodarem até Brasília para protestar contra o STF “não enchem um ônibus”.

“Com o saco de soja no preço que tá, muitos não querem sequer dar um centavo e ajudar na despesa de todo mundo e nem participar lá também. Vocês não têm direito de cobrar nada da Aprosoja nem de qualquer entidade”, diz o sindicalista.

“O presidente Bolsonaro falou ontem que vai fazer um decreto para acabar com isso (lockdown)”, diz o sindicalista que, na sequência, reclama dos bolsonaristas:“Está sendo humilhante para nós que estamos à frente do movimento Brasil Verde e Amarelo… Não se vê gente até agora para sequer fechar um ônibus para ir a Brasília”.

Ouça o presidente bolsonarista do sindicato:

https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/05/WhatsApp-Audio-2021-05-07-at-21.31.09-_1_.mp3?_=2

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