Servidor morreu após briga com uma jovem que conheceu em bar

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Jovem de 18 anos, moradora de Brasnorte (579 km de Cuiabá), confessou à polícia que entrou em luta corporal com o ex-servidor da Prefeitura de Cuiabá, Rodolfo Silva da Costa, após uma discussão na madrugada do dia 31 de agosto no bairro, Jardim Europa, em Cuiabá. Três pessoas já foram ouvidas na investigação, que será concluída nos próximos dias. A agressora deve responder por homicídio. Crime de omissão também será investigado.

Segundo as informações do inquérito que ainda está em andamento, o delegado Anderson Veiga explicou que Rodolfo saiu na noite do dia 30 com o amigo e que na madrugada do dia 31, já estava em uma tabacaria da região do Jardim Europa. Lá, conheceram 3 pessoas, sendo uma moça e dois rapazes.

O amigo de Rodolfo, que não teve a identidade revelada, começou a flertar com a jovem que tinha acabado de completar 18 anos. Ela é moradora de Brasnorte, estava em Cuiabá visitando a mãe e saiu naquela noite com dois amigos para ‘curtir’, já que tinha terminado um casamento há pouco tempo.

“Eles não se conheciam antes, ficou bem esclarecido. Não se sabe os motivos pelo estranhamento, mas a vítima falou algumas coisas que ela não gostou, falando que ela estava explorando o amigo. E nesse momento, ela derramou a garrafa de cerveja na mesa de sinuca. E foi nesse momento que o bar foi fechado e todos foram para fora”.

E lá fora, segundo delegado, o clima esquentou. O bate-boca evoluiu para uma agressão física, socos, chutes, puxões de cabelo. “O curioso é que existiam 3 pessoas na cena, testemunhas, e nenhuma delas interviu na situação. Deixaram os dois brigarem. Em certo momento, ela caiu em cima da vítima, montou em cima dele e bateu com a cabeça dele no chão”, explicou o delegado.

Família - Rodolfo Silva Costa - Homicídio

Mas, mesmo com a agressão ele não desmaiou. Rodolfo conseguiu se levantar e só depois teve a queda que o deixou desacordado. Depois disso, todo mundo foi embora. E é esse fato que chocou o delegado e a equipe da Delegacia de Homicídios.

“Ele caiu e ali ficou. E o que acontece, os amigos…Amigo da vítima chamou um uber e foi embora, amigos da autora pediram uber e foram embora. E o Rodolfo ficou ali. Então assim, a gente fica impressionado não propriamente com a briga, mas com a omissão”.

Agora, segundo o delegado, o caso entra em uma segunda fase, que vai investigar o crime de omissão das testemunhas que presenciaram a briga, além de possível omissão dos agentes públicos, uma vez que há relatos de que a viatura da PM chegou a passar ao lado da vítima e sem dar nenhuma assistência. Rodolfo agonizou na rua por quase 5h até ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Desaparecimento 

No dia 31, a família registrou o desaparecimento do rapaz, que era morador do bairro Dom Aquino. O Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) chegou a compartilhar nas redes sociais o cartaz com a foto de Rodolfo.

Na quarta-feira (1), a família recebeu uma ligação com informações sobre o paradeiro do rapaz, que já estava internado no Hospital Municipal de Cuiabá, em coma induzido, com traumatismo craniano na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Ainda tentando entender o que aconteceu com o filho, Geralda Mendes soube na noite de quinta-feira (2) que o rapaz teve morte cerebral confirmada. Ele não resistiu e a morte foi confirmada durante a madrugada desta sexta-feira (3). Ele era Assistente Social, mesma profissão da mãe, e atuava na Secretaria Municipal de Cuiabá.

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