Os sindicalistas que ocupam o plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso anunciaram há pouco que os servidores públicos irão entrar em greve, caso os projetos de lei que afetam o segmento seja aprovados nesta quarta-feira. A tendência é que os parlamentares realizem a plenária na sede da Famato (Federação da Agricultura de Mato Grosso) ou plenário do Tribunal de Justiça.
Uma das líderes do movimento, a sindicalista Edna Sampaio explicou que as categorias farão assembleias separadas para iniciarem o movimento grevista. “Caso os projetos sejam mesmo aprovados, vamos sair e orientar cada sindicato a chamar as assembleias permanentes para poder deliberar sobre a greve. Daí, vamos fazer uma assembleia unificada e cada categoria vai levar a situação para seu segmento”, explicou a ex-candidata a deputada federal pelo PT no ano passado, que conquistou 23.665 votos e não conseguiu ser eleita.
Edna Sampaio ainda criticou o fato dos projetos encaminhados pelo governador Mauro Mendes (DEM) serem votados por parlamentares que não foram reeleitos em 2018. “Os deputados que não foram reeleitos pelo povo insistem em votar contra o povo. Querem votar os projetos a toque de caixa. Vão votar mesmo que seja noutro espaço”, lamentou.
Apesar da decisão judicial, os sindicalistas irão permanecer no plenário do parlamento. “O Governo também continua insensível e incapaz de uma conversa com os servidores. Vamos continuar ocupando porque este lugar que é a Casa do Povo. Não será desta vez que será votado neste espaço projetos contra o povo. Por isso, vamos resistir”, avisou.
Segundo a sindicalista, o governador democrata está descumprindo compromissos assumidos com o funcionalismo durante a campanha eleitoral. “Vamos fazer um ato público para demonstrar a indignação com o estelionato eleitoral promovido pelo governador Mauro Mendes, que prometeu na campanha que não atacaria os servidores e vem fazendo ao contrário desde o primeiro dia de sua gestão”, disse.
O Legislativo deve aprovar amanhã o projeto que estabelece critérios para concessão do RGA (Reajuste Geral Anual) e também a extinção de seis empresas públicas. “Não somos mágicos e todos direitos foram coquistados com muita luta. Ninguém pode soltar a mão de ninguém. Nos atacarão de todas formas. Agora é o momento da resistência e vamos continuar na Assembleia”, frisou.