STF pede a PF investigar Medeiros por espalhar “fakes”

MPE denunciou José Medeiros por espalhar fake news sobre confiabilidade da urna eletrônica

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), relatora de um inquérito instaurado para investigar o deputado federal José Medeiros (Podemos) por divulgação de fake news, encaminhou os autos à Polícia Federal (PF) para dar início às diligências necessárias. O andamento processual mostra que também houve remessa à Procuradoria-Geral da República (PGR), autora do pedido para abertura da investigação. A movimentação no inquérito é do dia 22 deste mês.

Foram declarações mentirosas do parlamentar, na tentativa de descredibilizar a Justiça Eleitoral bem como a  segurança e confiabilidade das urnas eletrônicas que motivaram o pedido para investigar José Medeiros. Inicialmente, o Ministério Público Estadual (MPE), por meio do procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira, fez uma representação junto à PGR, instância do Ministério Público competente para pedir investigação e atuar em casos envolvendo políticos com foro privilegiado.
Isso porque o parlamentar defensor intransigente do presidente Jair Bolsonaro, defensores do voto impresso, utilizou um documento sigiloso do Ministério Público Estadual para espalhar uma fake news (notícia falsa) acerca de uma suposta fraude numa eleição realizada em dezembro de 2019, pela Associação Beneficiente de Saúde dos Militares de Mato Grosso, o Hospital Militar de Cuiabá.

O contexto da publicação levava os internautas ao erro, por induzi-los a acreditar se tratar de uma fraude nas eleições gerais, para escolha de representantes políticos. Segundo o MPE, não foi levantada qualquer suspeita de problemas no funcionamento regular da urna eletrônica, cedida pela Justiça Eleitoral para ser usada naquele pleito.

Ocorre que os documentos sigilosos que Medeiros divulgou em suas redes sociais para colocar em xeque a segurança das urnas eletrônicas, está em segredo de justiça e saíram da Justiça Militar para a Justiça Comum. Foram feitas denúncias de que boletins de urna falsos teriam sido produzidos, com objetivo de fraudar o resultado da eleição da entidade.

“De má fé, o parlamentar mato-grossense falseia a realidade dos fatos, em mais um gesto da sua cruzada pelo retorno do voto impresso, sistema utilizado no passado com ocorrências frequentes de fraudes e manipulação de resultados, o que atentava contra a vontade soberana do eleitor brasileiro de escolher livremente seus representantes”, enfatizou Antônio Borges ao repudiar José Medeiros.

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