O ministro do Superior Tribunal de Justiça Benedito Gonçalves, relator da Operação Placebo, afastou o governador do Rio Wilson Witzel do cargo por 180 dias, em razão de supostos desvios da Saúde do Estado.
A medida faz parte da Operação ‘Tris in Idem’ que faz buscas em seis Estados e no Distrito Federal. Alvo da operação, o presidente do PSC, Pastor Everaldo, foi preso na manhã desta sexta-feira.
A Polícia Federal está nas ruas para prender outras 16 pessoas, incluindo o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Lucas Tristão.
Entre os alvos das buscas da ‘Tris in Idem’ estão a primeira-dama Helena Witzel e André Ceciliano, presidente da Alerj. Agentes estiveram na sede administrativa na Casa na rua da Alfandega, a poucos metros do Palácio Tiradentes. A PF também cumpre mandados no Palácio Laranjeiras, no Palácio Guanabara e na residência do vice-governador.
A Procuradoria-Geral da República informou que ao todo são cumpridos 17 mandados de prisão – seis preventivas e 11 temporárias – e 72 de busca e apreensão. As ordens são cumpridas no Distrito Federal e em seis Estados: Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais. Um endereço no Uruguai também é alvo da operação – um dos investigados cuja prisão preventiva foi decretada estaria no local, indicou a PGR.
O Ministério Público Federal apontou que a operação deflagrada nesta manhã foi batizada de ‘Tris in Idem’ em ‘referência ao fato de se tratar do terceiro governador do Estado que se utiliza de esquemas ilícitos semelhantes para obter vantagens indevidas’.
A ação é um desdobramento da Operação Placebo, que foi inicialmente aberta em maio, quando a Polícia Federal cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, parte deles em endereços do governo fluminense, para investigar suposto esquema de corrupção envolvendo a instalação de hospitais de campanha para combate ao novo coronavírus no Estado.