STJ nega recurso e mantém júri contra empresário em Cuiabá por morte de juiz

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O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, negou pedido para suspender o júri popular do empresário Josino Guimarães, julgado pela Justiça Federal em Mato Grosso desde segunda-feira (21) pela suspeita de ser o mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral. O crime ocorreu em 1999. A decisão foi publicada nesta terça-feira (22) no Diário da Justiça.

A defesa requeria a concessão de efeito suspensivo a um agravo regimental, porém, o pedido foi negado. Um segundo recurso, desta vez em julgamento de mérito, deverá ser julgado pelo STJ ainda nesta terça-feira (22).

Em junho de 2013, a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, anulou o júri popular da Justiça Federal de Mato Grosso que absolveu Josino Guimarães, no final de 2011, da acusação de ser o mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral.

O corpo do juiz Leopoldino Marques do Amaral foi encontrado com dois tiros na cabeça e parcialmente carbonizado na cidade paraguaia de Concepción, perto da fronteira com o Brasil, em setembro de 1999.

Investigações apontaram a ex-escrevente Beatriz Árias como coautora do crime, seu tio Marcos Peralta como executor  e o empresário Josino Guimarães como principal mandante.

A execução, conforme a acusação do MPF, seria em represália ao juiz devido a um esquema de venda de sentenças no Poder Judiciário estadual que ele vinha denunciando e do qual Josino seria partícipe.

Dois anos após a morte do magistrado, Árias foi condenada pela justiça estadual. Seu tio morreu na cadeia em 2005 por complicações de diabetes.

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