No último final de semana foram iniciados os testes em voluntários brasileiros da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, contra a Covid-19.
Os testes serão realizados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em do Em entrevista à agência de notícias Sputnik Brasil, o médico infectologista Estevão Urbano, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, explicou que a escolha de profissionais da saúde como voluntários se deve ao fato deles estarem mais expostos à doença.
“Como os profissionais de saúde estão à frente do combate à doença, eles têm mais chance de se infectarem e esse estudo será feito exatamente com essas pessoas porque trarão resultados mais rápidos”, explicou.
Estevão Urbano comentou que se espera que tenhamos uma vacina contra Covid-19 até o final deste ano.
“Em relação à expectativa a um produto vacinal, independente que seja a vacina de Oxford ou outras, no sentido de quando eles estarão disponíveis e como eles serão distribuídos em todo o globo, existe alguma expectativa de que talvez ainda antes do fim desse ano nós pudéssemos ter uma vacina já disponível, embora isso ainda seja incerto”, disse.
Segundo ele, é mais provável que o produto esteja disponível no fim deste ano ou nos primeiros meses de 2021.
“Eu acredito que é possível que nós tenhamos essa vacina no final do ano ou então nos primeiros seis meses do próximo ano”, afirmou.
O infectologista lembra que, mesmo com resultados positivos, será necessário um grande esforço internacional para que a vacina chegue aos países mais afetados pela pandemia.
“Nós estamos ainda aprendendo com as vacinas que já estão sendo testadas, depois se os resultados forem recompensadores existirá a necessidade de se fazer bilhões de doses e necessitará de um esforço internacional para que principalmente aqueles países em franca pandemia possam ter prioridade”, comentou.
Bueno explica que geralmente a produção de vacinas tem uma média de testes de três a cinco anos, mas no caso da Covid-19 as pesquisas estão sendo feitas em tempo recorde.
“Devido à necessidade e à urgência, esse grande esforço econômico e também de recursos humanos para fabricação dessa nova vacina poderá fazer com que nós tenhamos um período recorde. Quem sabe desde o início das pesquisas até o seu lançamento tenha mais ou menos um ano de duração. O que seria muito mais rápido do que é normalmente encontrado nas vacinas que já estão disponíveis no mercado para outras doenças”, completou.
O financiamento dos testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford está sendo feito pela Fundação Lemann.(Com agência Sputnik Brasil)