A Superintendência de Atenção Primária à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande está promovendo, em parceria com a Escola de Saúde Pública do Estado, uma capacitação em Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância componente criança (AIDPI Criança). Algumas dessas doenças prevalentes na infância são: infecções no ouvido, dor de garganta, refluxo, viroses, caxumba, catapora, rubéola, sarampo, alergias, asma, sinusite entre outras. A capacitação tem como público-alvo enfermeiros da Atenção Primária do Município.
O Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) criaram a estratégia AIDPI utilizada para reduzir a mortalidade infantil no Brasil e principalmente aplicada pelos municípios, por meio do auxílio a profissionais de saúde que atendem a crianças de dois meses a menores de 5 anos de idade em estabelecimentos de Atenção Primária, como consultório, Unidade Básica de Saúde ou serviço ambulatorial dos hospitais, e até nas suas casas.
Como explica o secretário municipal de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo Barros, a saúde de Várzea Grande adotou esta nova estratégia, que já está em prática. “Uma primeira turma de trinta enfermeiros, pertencentes às Unidades Básicas já foi capacitada. Esta já é a segunda turma, que está adquirindo experiência in loco. No total serão para todos os profissionais enfermeiros da Atenção Primária. Estes 60 profissionais de enfermagem capacitados, já darão cobertura de 100% para todas as Unidades Básicas de Saúde com este novo serviço”, explicou o secretário.
Para consolidar e organizar o processo de capacitação dos profissionais e multiplicadores da estratégia Atenção Integrada das Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI), a OPAS e Ministério da Saúde disponibilizaram plataforma para auxiliar profissionais e multiplicadores da estratégia AIDPI.
“Nessa estratégia, a criança é avaliada de maneira global, integral e sistematizada. Na consulta, são abordados os principais problemas e necessidades de saúde que afetam esse público, como infecções respiratórias agudas, diarreia, imunização, crescimento e desenvolvimento. Com enfoque para as seguintes doenças: pneumonia, diarreia, otite, doença febril, anemia e desnutrição, além do incremento nutricional e promoção ao aleitamento materno, imunização e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento. O profissional capacitado atende esta criança, até a cura, podendo fazer todo o acompanhamento na unidade e ministrar os medicamentos necessários. Caso a criança falte à consulta, este profissional poderá ir à casa, saber o que ocorre, e estimular a família a completar o tratamento. O objetivo final deste trabalho é a redução da mortalidade infantil”, explicou o secretário Gonçalo de Barros.
O Superintendente de Atenção Primária à Saúde, Geovane Renfro, detalha que na estratégia AIDPI Criança pode ser utilizada por médicos e enfermeiros, devidamente capacitados, porém Várzea Grande, iniciou pelos enfermeiros que já trabalham na prevenção, e agora vão trabalhar com gestantes, lactentes e crianças, a partir de 2 meses até menor de 5 anos (59 meses e 29 dias) de idade, na Atenção Básica.
“O enfermeiro capacitado para a aplicação da estratégia AIDPI pode atuar na avaliação, classificação e tratamento das crianças com doenças prevalentes, particularmente no âmbito das unidades básicas de saúde. As principais estratégias e ações de atuação do enfermeiro na redução da mortalidade são: realização efetiva do pré-natal, estimular o maior número de consultas durante a gravidez, acompanhamento do recém-nascido e estímulo à imunização, atuação como educador em saúde, o verdadeiro amigo da criança”, disse ele.
Como ainda explica Geovane Renfro, a estratégia está alicerçada em três pilares básicos: Educação permanente dos profissionais de saúde no nível da Atenção Básica, reorganização e adaptação dos serviços de saúde e processos de trabalhos, Educação em saúde na família e nas comunidades.
“A AIDPI possibilita ao enfermeiro prestar atenção integral à criança o que justifica sua abordagem na graduação. O principal objetivo é a redução da mortalidade de crianças menores de 5 anos. Este profissional vai avaliar e classificar, tratar a criança, aconselhar a mãe, pai ou responsável pelo cuidado e consulta de retorno, ou seja, ele será o anjo da guarda em saúde desta criança que nasce na sua área de abrangência, até os 5 anos, com todos os serviços disponíveis e acesso a estas crianças na Rede SUS do município”, explicou Geovane Renfro.