Wilson nega ter extorquido Selma ou ter agido como porta-voz de marqueteiro

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Por: Gazetadigital

O deputado Wilson Santos (PSDB) nega a acusação da senadora Selma Arruda (PSL) de ter participado de suposta extorsão a ela para que suas contas de campanha fossem aprovadas, o que acabou não acontecendo, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O deputado chegou a prestar depoimento junto à Polícia Federal, em Cuiabá, nesta terça (12).

“Tenho quase 40 anos de vida pública e é a primeira vez que me deparo com isso, eu votei na senadora eleita. Eu trabalhei por ela. Usei o nome dela em todos os meus materiais (de campanha) até a reta final. Foi uma surpresa essa posição dela. Ela deve estar usando essa argumentação na sua defesa, mas não vai encontrar guarida, porque não fui porta-voz do empresário Brasa. Eu não tenho nada a ver com isso”, declarou o deputado.

Por meio de assessoria, a senadora disse que Wilson teria procurado Kleber Lima, que foi marketeiro da campanha dela. “O Kleber me disse que foi procurado pelo Wilson Santos, dizendo que o Brasa me ajudaria na audiência se eu lhe desse R$ 600 mil. Se isso não é extorsão, sinto muito por ambos”.

Ao final de janeiro, o Pleno do TRE reprovou, por unanimidade, as contas de campanha da senadora, baseado na interpretação de que os gastos feitos durante o período de pré-campanha não foram devidamente comprovados na prestação de contas.

Entre os gastos está o pagamento à agência de publicidade Genius, do empresário Júnior Brasa. A conclusão do TRE foi de que a empresa prestou serviços e recebeu pagamentos no período vedado pela legislação eleitoral, situação irregular que a defesa da senadora negou durante todo o processo.

Júnior Brasa alegou à Justiça Comum, em um processo de execução, que a senadora contratou a Genius pelo montante de R$ 1,8 milhões. O publicitário também alegou ter entregue banners, VTs, áudios, entre outros, que foram produzidos – e pagos parcialmente – no período de pré-campanha.

Entenda o caso:

A senadora Selma Arruda (PSL) envolveu mais um nome na acusação de extorsão para que as suas contas fossem aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE): o deputado estadual Wilson Santos (PSDB). Segundo a senadora, o parlamentar teria procurado o então marketeiro dela, o jornalista Kleber Lima, para oferecer ajuda no processo contra o publicitário Junior Brasa.

O caso é investigado pela Polícia Federal e na tarde de terça-feira (12) tanto Kleber quanto Wilson prestaram depoimento na sede da instituição. A senadora afirma que se ela pagasse um valor para Junior Brasa, seu problema seria resolvido perante o Judiciário.

“O Kleber me disse que foi procurado pelo Wilson Santos, dizendo que o Brasa me ajudaria na audiência se eu lhe desse 600 mil. Se isso não é extorsão, sinto muito por ambos”, afirma Selma.

A acusação da suposta extorsão surgiu quando Selma foi acusada de praticar caixa dois durante o período de pré-campanha, com a contratação da agência de publicidade de Brasa, no valor de R$ 1,8 milhão. Desse total, teria ficado pendente o pagamento de R$ 1,1 milhão e o empresário entrou com uma ação judicial para receber o valor.

Junior Brasa disse que não realizou nenhum tipo de extorsão e duvida que Wilson Santos tenha feito qualquer ação nesse sentido. “Eu ofereci uma proposta mais barata que essa [os R$ 600 mil] para que ela pagasse a dívida, mas ela não aceitou. Não é a primeira vez que a Selma fala qualquer coisa para se livrar de uma acusação. Só tenho a lamentar”.

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