Wilson Santos desagradou a todos os parlamentares, cabe a ele provar, disse Janaína Riva

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A deputada estadual Janaina Riva (MDB), presidente interina da Assembleia Legislativa, afirmou que a fala do deputado Wilson Santos (PSD) associando parlamentares ao crime organizado “constrange” todo o Poder Legislativo.

Riva, afirmou que as declarações de Wilson Santos , foram infelizes, quando coloca todos os parlamentares sob suspeita.

” Cabe a ele provar o que disse, e apontar quem são os parlamentares que foram eleitos com dinheiro de facções criminosas”, disse ela

Disse ainda que a AL não tem interesse de investigar pois, já existe um procedimento preliminar de investigação que  foi aberto na terça-feira (2) por ordem do promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes, chefe do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco).

“A Assembleia não tem interesse em fazer essa interpelação. Não nos cabe cobrar explicações sobre, é algo que cabe aos órgãos investigadores, que têm legitimidade para isso. Não queremos trazer essa discussão para dentro da Casa”, completou.

Janaina ainda admitiu que todos os parlamentares se sentiram insatisfeitos com a associação feita por Wilson e chegaram a procurá-la para reclamar sobre a declaração.

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO), instaurou Procedimento Preliminar de Investigação visando esclarecer o contexto fático das informações veiculadas na imprensa de que deputados estaduais teriam reivindicado à Secretaria de Estado de Segurança Pública a instalação de tomadas em celas de líderes de organizações criminosas. As declarações à imprensa partiram do deputado estadual Wilson Santos.

O coordenador do Naco, promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes, ressalta que, embora não tenham sido identificados os agentes políticos supostamente envolvidos, as condutas aviadas se amoldam ao crime envolvendo organização criminosa disciplinado pelo art. 2 da Lei 12.850/2013.

“É imperioso, neste momento, proceder diligências investigatórias preliminares visando esclarecer o contexto fático das informações ventiladas na mídia, assim como obter elementos mínimos que corroborem a existência, ou não, de infração penal, além da identificação dos agentes envolvidos, para que, só então, seja deliberado pela instauração de inquérito policial”, afirmou.

 

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